domingo, 1 de março de 2009

Uma vida sem preconceito


Professora que combate o racismo na escola recebe homenagem do Ministério da Educação.
Orgulho do cabelo, da pele, das raízes. Sentimento que hoje Nádia não deixa passar em branco. Mas nem sempre foi assim. “Era chamada de cabelo de bombril... fiquei usando química a vida inteira”, lembra a professora Nádia Maria Rodrigues.“Enegrecer foi a coisa mais fantástica que me ocorreu”, afirma Nádia. Professora de uma turma de traços diversificados, Nádia quis evitar que alunos sofressem do mesmo mal. O assunto foi discutido com livros sobre o respeito às diferenças, sobre artesanato, culinária e dança. Tudo naturalmente. Com o sucesso entre os alunos, o projeto contra o preconceito acabou sofrendo... Preconceito. “Estava escrito ‘negra burra’, bem grande, no meio do quadro, e eu apaguei. Depois disso, começou a sumir material produzido pelos alunos na sala”, revela a professora. Apesar da resistência, as aulas continuaram provocando reflexões e mudanças. Alunos que até então tinham, sem saber, algum tipo de preconceito adotaram uma nova postura dentro e fora da sala de aula. Agora, as alunas têm bonecas de cores diferentes. Brincadeira de uma "casinha" ideal.
Tudo isso rendeu a Nádia um prêmio do Ministério da Educação. Prêmio dedicado ao pai, negro. “O prêmio maior foi tirar essas crianças das práticas de racismo. Elas começaram a tocar as famílias delas, puxar essa discussão por lá, cobrar postura dos pais. Isso, sim, foi o maior prêmio”, afirma Nádia.


Comentário: Apesar de estarmos longe do fim do preconceito racial, essa professora serve de exemplo para que possamos continuar lutando não por igualdade, mas por RESPEITO às diferenças.

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